quinta-feira, 11 de setembro de 2008

..Ela acordou de um sonho estranho, sem saber ao certo se era ou não real. Um show, um alarme, correria e fogo. Ficou pensando em quão real fora aquela irrealidade e o que o inconsciente tentara expelir à superfície, obviamente sem sucesso. Nunca obteve bons resultados nesse tipo de meditação, e, afinal, ainda nem sabia ao certo se era real. Indagava porque fogo lhe causava tanto pavor e tanto fascínio. Naquele momento apenas o sono insistia em fazer latejar os olhos, como quem lembra ironicamente da sensação de acordar quase que sem dormir. A insônia insiste em negar a culpa. Apesar disso, ela sabe que o último momento que consegue se recordar do dia anterior era todo escuridão e, agora, por entre as frestas da persiana, ela pôde enxergar a luz do sol invadindo timidamente o quarto.

Continuação - Texto produzido em 16 de maio de 2008.